quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vivendo um dia de cada vez

Uma conhecida lenda, de sabor oriental, descreve o comportamento de um monge que se preocupou com uma progressiva escassez de azeite. Para enfrentá-la, plantou em seu jardim uma oliveira. Se já antes eram grandes as suas preocupações, maiores se tornaram depois. Com freqüência se perguntava: “Como se nutrirão suas raízes?” Um dia dirigiu a Deus a seguinte oração: “Senhor, para que as suas raízes possam nutrir-se, necessitam de água. Envia-me, bom Deus, tuas chuvas suaves e refrescantes.” E o Senhor enviou a chuva generosa, que umedeceu a terra e fertilizou o jardim. Mais tarde, as preocupações do monte se voltaram para as folhas que começavam a brotar. Outra vez orou: “Senhor, a minha oliveira necessita os cálidos rios de sol”. E o sol resplandeceu fulgurante e dourou as suas folhas. Depois, ele se preocupou com os brotos e pediu ao Criador uma forte geada para enrijecer os tecidos. Veio a geada, porém, no dia seguinte, como conseqüência, a pequena árvore amanheceu com suas folhas murchas. A geada inclemente lhe tirou a vida.
Desolado, o monge se dirigiu ao companheiro de cela e contou sua triste experiência. O companheiro então lhe disse: “Eu também plantei uma oliveira que cresceu, se desenvolveu e produziu frutos em abundância. Confiei-a ao Criador que sabia muito mais do que eu quais as necessidades de minha pequena árvore. Não estabeleci condições, nem determinei a maneira como devia crescer. A única coisa que fiz foi plantar e dizer ao Senhor: Aqui está, Senhor, a minha pequena oliveira; confia-a aos Teus cuidados”. O primeiro monge dessa lenda aprendeu a lição de fé e confiança nos cuidados divinos.
Depois de haver desfrutado durante mais de três anos do bem-aventurado companheirismo de Cristo, Pedro aprendeu a deixar os seus cuidados e preocupações nos braços do Senhor. Em uma de suas cartas universais, escreveu: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (I Pedro 5:7).
A vida é demasiado preciosa para ser consumida por ansiedades. Uma mente afligida por preocupações incontroladas não pode enfrentar com serenidade as responsabilidades de cada dia e ao mesmo tempo oferecer um serviço útil e agradável a Deus.
Lembre-se do conselho de Jesus: “Não andeis preocupados quanto à vossa vida… Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem colhem, nem guardam em armazéns; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valem vocês muito mais do que elas?” (Mateus 6:25 e 26). Vivendo um dia de cada vez, permitamos que o amanhã nos traga novas oportunidades para confiarmos no Senhor.
(Da série “Tempo de Refletir”, adaptado do livro “Bom dia, Senhor”, CASA, p. 98)

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