quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O verdadeiro poder

Era uma vez um jovem guerreiro famoso por sua invencibilidade. 
 
Era um homem cruel e, por isso, temido por todos. 
 
Quando se aproximava de uma aldeia, os moradores abandonavam suas casas, e fugiam para as montanhas, porque sabiam que ele não poupava nada, nem ninguém. 
 
Certo dia, ele e seu exército aproximaram-se de uma aldeia na qual vivia um sábio ancião. 
 
Todos os habitantes fugiram assustados, menos ele. 
 
O guerreiro entrou na vila e, como de costume, incendiou casas e matou os animais que encontrou. 
 
Logo chegou à casa do sábio, que permanecia em pé ao lado da porta de entrada, serenamente. 
 
Quando eles se encontraram, o guerreiro impiedoso disse-lhe que seus dias haviam chegado ao fim, mas que, no entanto, iria lhe conceder um último desejo antes de passá-lo pelo fio de sua espada. 
 
O velhinho, sem alterar o seu semblante, disse-lhe que precisava que o guerreiro fosse até o bosque e que ali cortasse um galho de árvore. 
 
O jovem achou aquilo uma grande besteira, mas decidiu atendê-lo, entre gargalhadas e deboches. 
 
Foi até o bosque e com um único golpe de espada cortou um galho de árvore. 
 
"Muito bem." - disse o ancião, quando o guerreiro voltou - "quero saber agora se o senhor é capaz de recolocar este galho na árvore da qual o arrancou." 
 
O jovem guerreiro entre gargalhadas, chamou-o de louco, respondendo-lhe que todos sabiam que era impossível colocar o galho cortado na árvore outra vez. 
 
O ancião sorriu e lhe disse: "louco é o senhor, que pensa ter poder só porque destrói as coisas e mata as pessoas que encontra pela frente. Quem só sabe destruir e matar não tem poder. Poder tem aquele que sabe juntar, que sabe unir o que foi separado, que faz reviver o que parece morto. Poder tem aquele que produz, que cria, que mantém. Essa pessoa, sim, tem o verdadeiro poder." 
 

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